​​O atual povo judeu que habita Israel seria uma invenção?

​​​​​​​​Por: Manoel L. Bezerra Rocha

​Quando teve início o movimento sionista, no final do século XIX, por Theodor Herzl, os judeus ainda viviam em diversos países do mundo. Não constituíam mais, portanto, uma raça, uma etnia. Milhares de miscigenações os haviam atingido, grande parte deles tendo, inclusive, aderido a diversas religiões, bem como outros povos aderido ao judaísmo. 

​Desta forma, o povo judeu como raça, deixara de existir, restando apenas, de forma esparsa, uma ou outra assimilação a partir de apegos a relatos bíblicos, preservando-se (ou adotando-se) alguns traços que os distinguiam e os identificavam.

​Retornando a um remoto passado, os povos da antiga Judeia, que se subdividiam em distintas tribos etnicamente distintas, foram forçados ás diásporas e, nômades, espalharam-se por diversas partes do mundo, tendo alguns deles buscado exílio em regiões como a Persa, Babilônia, etc. Na Babilônia, o rei Nabucodonosor os escravizou, por mais de 70 anos, até serem libertados pelo rei da Pérsia, Ciro, o Grande. Esse fato histórico deu origem ao primeiro instrumento sobre os direitos humanos, conhecido como “O Cilindro de Ciro”, escrito em argila, que se encontra exposto no Museu Britânico, em Londres. Por volta de 330 a.C., com a destruição do Império Persa, por Alexandre, O Grande, o povo judeu novamente foi forçado à vida nômade, grande parte se estabelecendo sob o domínio dos selêucidas, atual Síria. 

​O atual estado judeu - ou Israel -, foi idealizado por Herzl, em 1897, durante o Primeiro Congresso Sionista e, em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) o proclamou, tornando oficial a sua criação. Iniciam-se, então, as estratégias para a arregimentação de judeus para povoá-lo, compreendendo várias frentes de atuação, como organização política de células locais, regionais (OrienteMédio) e internacionais; organização financeira e grandes operações de investimentos.

​Sob o critério da ancestralidade e da consanguinidade, os judeus estão, em grande parte, “despercebidos” e confundidos como “inimigos” dentre os povos atualmente habitantes da Líbia, Irã, Iraque, Egito, etc., rotulados apenas como “muçulmanos”. Mesmo com a criação do atual estado de Israel, a grande maioria dos judeus ricos preferiu continuar morando onde já se encontravam e um grande movimento chegou a cogitar a instalação da “Terra Santa” longe do deserto, em lugares como a Ilha de Chipre e até na Patagônia argentina.

​Predomina, entre os historiadores, que a elite branca que atualmente domina o estado de Israel e que se definemcomo sendo “judeus”, são uma criação artificial decorrente de circunstâncias políticas, a sua maioria vítimas de uma Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial, pessoas deslocadas de países como Polônia, Rússia, Espanha, Ucrânia, acolhidas mediante uma simples declaração de que consideram “judeus”, geralmente adotando um novo nome e sobrenome que remetam à alguma linhagem judia.

​​​​     Manoel L. Bezerra Rocha, é advogado criminalista.

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terça-feira, 13 maio 2025

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