A eleição de Goiânia comprovou uma das teses que venho dizendo há um bom tempo, de que o bolsonarismo puro tem um teto intransponível para a disputa de cargos majoritários.

Tivemos 636.572 votos válidos na Capital, divididos da seguinte forma: 14.229 votaram em branco, 27.080 votaram nulo e 352.393 sequer saíram para votar (abstenção). O candidato vencedor, Sandro Mabel, teve 353.518 votos e o candidato perdedor, representante por excelência do bolsonarismo, teve 283.054 votos.

Tecnicamente, o candidato do bolsonarismo ficou em terceiro lugar no pleito, perdendo para a elevadíssima abstenção, que representou um percentual de 34,20% sobre o total de eleitores que é de 1.030.274 (soma dos que votaram e os que se abstiveram).

Dentro da perspectiva do total de eleitores de Goiânia, o representante do bolsonarismo bateu o teto de 27,5% dos eleitores possíveis. E este é, em tese, o teto do bolsonarismo em Goiânia, percentual que precisa ser respeitado, mas que não chega a representar um risco para postulantes com um perfil de centro-direita.

Esse percentual poderia se elevar caso a disputa fosse contra a esquerda. 2026 o bolsonarismo poderá ser posto novamente à prova, mas acredito que esse teto tende a diminuir até lá. Vamos aguardar.

Giuliano Miotto, advogado, escritor e cientista político

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quinta-feira, 12 dezembro 2024

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