O ex-atacante, atualmente cumprindo pena por estupro, concluiu um período de dez dias em isolamento na penitenciária 2 de Tremembé no último domingo. Agora, ele foi transferido para compartilhar uma cela com outro detento e está autorizado a receber visitas de familiares.
Robinho, preso desde o dia 21 para cumprir uma sentença de nove anos pelo estupro de uma mulher na Itália em 2013, foi submetido ao isolamento por dez dias, conforme estipulado pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) de São Paulo.
De acordo com informações da SAP, o ex-jogador está alojado em uma cela de oito metros quadrados e, após apresentar a documentação necessária conforme o Regime Interno Padrão da SAP, está apto a receber visitas nos fins de semana.
A penitenciária onde Robinho está detido tem capacidade para 348 presos, mas atualmente abriga 283 detentos, segundo dados da secretaria.
O ex-atacante começou a cumprir a pena na sequência da homologação da sentença pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), permitindo que a mesma tenha validade no Brasil.
A defesa de Robinho teve uma liminar negada em um pedido de Habeas Corpus e está buscando outros recursos para que ele possa aguardar em liberdade até que a decisão do STJ seja finalizada.
Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana pelo estupro em grupo de uma mulher albanesa em 2013. A decisão final foi emitida pela 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, em janeiro de 2022, após o jogador ter retornado ao Brasil.
Em seguida, o Ministério da Justiça da Itália solicitou a extradição de Robinho, que foi recusada pelo Governo brasileiro, uma vez que o país não extradita seus cidadãos. Posteriormente, os italianos recorreram ao STJ para que a sentença fosse reconhecida e aplicada no Brasil.
Esse foi o processo analisado pela Corte Especial do STJ. A Justiça brasileira não entrou no mérito da condenação italiana contra Robinho, que alega que o ato foi consensual e nega o estupro.
O crime ocorreu em janeiro de 2013, na boate Sio Café, em Milão, onde Robinho e outros cinco brasileiros teriam participado do ato. Além do ex-jogador, outro brasileiro, Ricardo Falco, também foi condenado a nove anos de prisão. Falco também está sujeito a um pedido de extradição da Itália para cumprir sua pena no Brasil, porém o processo ainda não foi agendado para julgamento no STJ.