Estado conquistou a segunda posição entre as unidades federativas na primeira fase do programa de redução de filas do Governo Federal. Entre março e abril deste ano quase três mil procedimentos foram feitos em Goiás
Com 2.750 cirurgias eletivas realizadas entre março e abril deste ano, Goiás está em segundo lugar no ranking dos estados com mais procedimentos cirúrgicos realizados na primeira fase do Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF), do Governo Federal. O programa visa ampliar o número de cirurgias eletivas realizadas em todo o país, bem como reduzir a fila de exames e de consultas especializadas. Ao todo, os municípios executantes vão receber R$ 20 milhões, do Ministério da Saúde (MS), para a realização dos procedimentos – mesmo valor será investido pelo Governo de Goiás.
Nesta primeira fase, estima-se uma média de 25 mil cirurgias realizadas até o final deste ano. Goiás reúne 67 hospitais nos 40 municípios executantes, definidos após discussões sobre quais unidades poderiam atender a essa nova demanda. A execução das cirurgias é feita em parceria com os municípios pactuados e a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg-GO). A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) assume a coordenação e organização dos sistemas de regulação.
No primeiro momento, a prioridade é para as cirurgias gerais, ginecológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Os procedimentos ortopédicos também estão inseridos, mas cada município dispõe da governança para organizar com os prestadores o cronograma de execução, a partir de fila única. A seleção obedece ao critério de antiguidade – quem aguarda há mais tempo será chamado primeiro. Em regra, o hospital vai entrar em contato com cada paciente para agendar a data da avaliação e do procedimento.
O secretário Sérgio Vencio destaca a decisão do Governo de Goiás de complementar financeiramente os procedimentos, pagando o dobro da tabela SUS para que unidades de saúde privada e de alguns municípios realizem as cirurgias. Segundo ele, um dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o subfinanciamento, pois os recursos oriundos do MS não são capazes de custear os procedimentos em sua totalidade. “Em Goiás, os gastos com a saúde são de R$ 2,3 bilhões, valor com o qual o tesouro estadual tem muito contribuído”, disse, ao ressaltar ainda a importância da reorganização do sistema, com a unificação nominal da fila, permitindo o planejamento do cronograma de cada município executante junto aos prestadores.
Vencio lembra que, além das cirurgias realizadas no programa, os hospitais do Governo de Goiás continuam operando a todo vapor e, neste ano, já realizaram 30.088 procedimentos cirúrgicos. “O programa do Governo Federal é um apoio aos municípios, e nós, como secretaria, continuamos operando. Desde a liberação das cirurgias eletivas, após o período crítico da pandemia da Covid-19, em que os procedimentos foram suspensos em todo o país, já foram realizadas, nas unidades estaduais, 71.109 cirurgias, uma média de 5 mil cirurgias mensais”, comemora.
Fotos: Marco Monteiro