A pandemia evidenciou e aumento a desigualdade social no mundo. Enquanto surge um bilionário a cada 26 horas, mais de 160 milhões de pessoas foram colocadas na linha da pobreza. Os dados são de uma pesquisa divulgada, no último domingo (16), pela entidade Oxfam.
A renda de 99% da humanidade caiu nos dois anos de pandemia. Por outro lado, os dez homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas. Passaram de US$700 bilhões para US$1,5 trilhão. A diretora da Oxfam Brasil, Katia Maia, apontou que se estes homens perdessem 99,99% de suas riquezas, continuariam mais ricos do que 99% da população mundial.
De acordo com os dados divulgados, há 55 bilionários com riqueza total de US$176 bilhões no Brasil. De março de 2020 até agora, surgiram 10 novos bilionários no país.
A diretora da entidade ressaltou a fatalidade da desigualdade social. Segundo o instituto, o fator contribui com a morte de 21 mil pessoas por dia. As causas são falta de acesso à saúde pública, violência de gênero, fome e crise climática.
Conforme divulgou a Oxfam, um imposto único de 99% sobre os ganhos obtidos pelos dez maiores bilionários do mundo durante a pandemia seria suficiente para pagar por vacinas suficientes para toda a população do mundo, para providenciar saúde pública universal e proteção social, para financiar ações de adaptação climática e para reduzir a violência de gênero em mais de 80 países.